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Da Agência Folha em Porto Alegre
A polícia prendeu ontem Raul Tito Monaco, 27, cunhado de Luciano Jarczewski, que é acusado de ter matado o diretor-presidente da Companhia Vinícola Riograndense, Carlos Corrêa Oliveira, e sua mulher, Nilza, a mando do filho, Carlos Alberto Pinto Oliveira.
Segundo a polícia, Monaco, réu em sete processos entre 87 e 94 –estelionato e furto de carro, entre outros–, estava com mandado de prisão expedido pela Justiça. Carlos Alberto, 35, dissera à polícia que Monaco sabia do plano.
O delegado Cleber Ferreira, que cuida do caso, disse que Monaco, no depoimento, ``confirmou que sabia que o crime iria acontecer'', mas negou sua participação.
Ele disse que na madrugada de segunda-feira, quando o casal foi degolado em sua casa, no bairro Bela Vista, estava hospedado no Hotel Continental, no centro.
A polícia acha que negócios ilícitos, envolvendo Carlos Alberto e Monaco, podem ter concorrido para o crime. Monaco disse ser amigo de Carlos Alberto há 18 anos.
Monaco disse não saber onde está Jarczewski. O acusado do crime teria sido visto anteontem em Guaíba (região metropolitana).
A polícia suspeita que um terceiro homem, além de Carlos Alberto e Jarczewski, tenha estado na casa do casal na noite do crime e que não tenha sido Monaco.
Carlos Alberto diz que as facadas foram dadas por Jarczewski, mas a polícia acredita que ele tenha participado do crime. Um laudo do IML indicou que ele tem arranhões de unhas no ombro.
O advogado Ricardo Breier, 28, se apresentou à tarde para defender Carlos Alberto. Uma pessoa da família teria solicitando os serviços.
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