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<CATEGORY>ILUSTRADA</CATEGORY>
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Da Redação
É mais fácil acreditar no impossível do que no improvável, sentenciava padre Brown, o célebre detetive criado por G.K. Chesterton. A história de Henri Charrière, criminoso condenado a passar um tempo infinito na Ilha do Diabo, Guiana Francesa, ilustra bem a frase.
Sua história é contada em "Papillon" (Record, 21h30), filme baseado na autobiografia de Charrière, de onde Dalton Trumbo extraiu o roteiro.
Dois pontos de apoio: a descrição do cativeiro em condições degradantes, e as tentativas de fuga de Papillon, de um lugar onde fugir era teoricamente impossível.
Custa a crer que isso seja real e tão próximo de nós, tal a crueldade desse tipo de prisão. E também custa a crer na audácia de Papillon (Steve McQueen) e seu amigo Deiga (Hoffman). Mas, sabe-se, isso existiu mesmo.
E a direção de Franklin Schaffner vai no sentido de dar conta, de maneira realista, do que se passava ali. É verdade que existe no elenco Dustin Hoffman.
Como de costume, ele coloca sua personalidade à frente do personagem e, portanto, da realidade. Mas a aventura vivida por Papillon é de uma tal intensidade que compensa os pequenos defeitos.
No mais, temos um dia dominado pela aventura, já que a Globo exibe "McQ - Um Detetive Acima da Lei", à 1h, e o SBT entra com o faroeste "Terra Proibida", às 2h15.
Das três, no entanto, a trajetória de Papillon é a que une com maior facilidade o aspecto exterior e o interior.
(IA)
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