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<DOCNO>PUBLICO-19940201-033</DOCNO>
<DOCID>PUBLICO-19940201-033</DOCID>
<DATE>19940201</DATE>
<CATEGORY>Economia</CATEGORY>
<AUTHOR>LFRR</AUTHOR>
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TMN anuncia taxas à medida do cliente
Telemóvel aposta na segmentação de tarifas
As comunicações móveis entraram numa nova fase de captação de mercado. No fim de semana, a Telecomunicações Móveis Nacionais (TMN) anunciou um novo tarifário, pelo qual distingue os preços, quer das taxas de assinatura, quer das chamadas, conforme o tipo de utilização da rede.
Em vez duma taxa de assinatura única (até agora de 6200 escudos, para a rede digital, ou 5900 na rede analógica), a empresa passa a cobrar taxas diferenciadas, conforme a modalidade que o cliente escolher. E as modalidades possíveis são quatro: Pessoal (3900 escudos/mês), Normal (5900 na rede analógica ou 6400 na rede digital) e Executivo (10.000 escudos/mês). O preço médio por minuto de converssação, passa a ser, para ligações à rede fixa ou ao outro operador de comunicações móveis, no período diurno, respectivamente, 14286, 6857, 7143 ou 5333. Nas conversações entre dois terminais da TMN, o preço por minuto é de 2667 e, para todos os assinantes, no período noturno e fins-de-semana, matém-se uma tarifa única (3200/minuto). Até agora, na rede digital, as ligações para a rede fixa custavam em média 7100 ou 3100, conforme fossem feitas no período diurno ou no período noturno e fins-de-semana, e na rede analógica 6759 ou 2982 (2534, independentemente do horário, para outro assinante TMN).
Embora os dois operadores de comunicações móveis admitissem, desde há alguns meses, que a aposta passaria agora pela diferenciação de tarifas, o que levava a crer que ambas lançassem os novos produtos em simultâneo, a TMN ganhou uma aparente vantagem ao ter sido a primeira a lançar as novas modalidades de assinatura.
Quanto à Telecel, há a promessa de que as novidades poderão surgir ainda esta semana, de acordo com o seu porta-voz, mas por enquanto nada é revelado como resposta à concorrência.
É, sobretudo, para acompanhar as tendências de mercado -- que apontam para a estabilização de chamadas por parte dos seus assinantes à medida que o sistema se vai implantando no mercado -- que a TMN acaba de lançar os novos sistemas de assinatura. Para o administrador-delegado da empresa, Rui Remígio, que considera o novo sistema parcialmente inovador a nível europeu, a iniciativa tem não só a ver com a tendência de estabilização do mercado, «mas também com a perspectiva de expansão de pequenos e grandes utilizadores». Actualmente com 65 mil assinantes, a empresa detida pela Marconi, Telecom e TLP espera chegar ao final do ano com cerca de 95 mil clientes.
Quanto às novas modalidades de assinatura, a empresa espera que os pequenos utilizadores representem mais de 30 por cento do total de clientes, embora não seja um grupo fixo, enquanto os grandes utilizadores deverão ser responsáveis por uma fatia de cerca de 15 por cento. Quanto à categoria normal, caberá os restantes 50 por cento. Lurdes Ferreira
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