| Página anterior Próxima página |
Entende-se por orações nós não terminais que incluem as seguintes etiquetas de função: P, PAUX, PMV, SUBJ, ACC, SC, OC, DAT, PIV, ADVL, SA, OA, N<ARGS, N<ARGO, N<ARG, PRED, SUB, CJT. Diferentes orações podem estar coordenadas (ver secção 11.) e podem ser descontínuas (ver secção 9).
As orações podem exibir as seguintes formas associadas a determinadas funções (ver seccção 6):
A oração finita (fcl) contém um verbo de forma finita. A oração não finita (icl) contém um verbo de forma não finita, como particípio passado, infinitivo e gerúndio. Finalmente, na oração averbal, o verbo não está presente, mas normalmente estas orações são encabeçadas por uma conjunção subordinativa que indica a natureza oracional do período.
A estrutura interna das orações finitas e não-finitas inclui um predicador (P) e argumentos ou adjuntos verbais. A estrutura interna de uma oração averbal, não incluindo um predicador, porque omitido, inclui tipicamente uma conjunção subordinativa e restantes argumentos verbais ou adjuntos adverbiais. Isto é possível uma vez que o predicador não expresso é recuperável através do contexto da proposição. Para descrição detalhada sobre “icl” e “acl” veja-se secção 15.
Os exemplos em baixo ilustram os três tipos de orações (entre principais e subordinadas):
CF2-5 Manchete estréia novo jornalístico
A1
STA:fcl
=SUBJ:prop('Manchete' F S) Manchete
=P:v-fin('estrear' PR 3S IND) estréia
=ACC:np
==>N:adj('novo' M S) novo
==H:n('jornalístico' M S) jornalístico
CF8-8 Apenas dois árbitros resolveram contar todos os podres, enquanto a federação tem mais de 70.
A1
STA:fcl
=SUBJ:np
==>N:adjp
===>A:adv('apenas') Apenas
===H:num('dois' <card> M P) dois
==H:n('árbitro' M P) árbitros
=P:v-fin('resolver' PS/MQP 3P IND) resolveram
=ACC:icl
==P:v-inf('contar') contar
==ACC:np
===>N:pron-det('todo' <quant> M P) todos
===>N:art('o' <artd> M P) os
===H:adj('podre' <n> M P) podres
=,
=ADVL:fcl
==ADVL:adv('enquanto' <ks>) enquanto
==SUBJ:np
===>N:art('o' <artd> F S) a
===H:n('federação' F S) federação
==P:v-fin('ter' PR 3S IND) tem
==ACC:adjp
===>A:adv('mais_de' <quant>) mais_de
===H:num('70' <card> M P) 70
=.
CP235-5 daí que surja muitas vezes referida como Campo do Cirne .
A1
STA:fcl
=ADVL:pp
==H:prp('de' <sam->) de
==P<:adv('aí' <-sam>) aí
=SUB:conj-s('que') que
=P:v-fin('surgir' PR 3S SUBJ) surja
=ADVL:adv('muitas_vezes') muitas_vezes
=ADVL:icl
==P:v-pcp('referir' F S) referida
==ADVL:acl
===PRD:adv('como' <rel>) como
===SC:prop('Campo_do_Cirne' M S) Campo_do_Cirne
=.
Como já dito, nas orações averbais entende-se que o predicador está omitido. No exemplo acima, por exemplo, é como se, sem a omissão, a frase fosse "daí que surja muitas vezes referida como (o é referida) Campo do Cirne."
As orações, quando dependentes de outras orações — orações subordinadas – podem exercer funções sintácticas como objecto directo, sujeito, predicativo do sujeito, modfificadores de nomes, entre outras funções sintácticas. Nesses casos, utilizando uma terminologia tradicional, temos uma orações subordinadas. As orações subordinadas, por sua vez, podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, conforme desempenhem funções que poderiam ser exercidas por substantivos, adjetivos e advérbios, respectivamente. Na Floresta, tais orações podem ser encontradas ou por meio de uma conjugação de elementos de forma e função (uma forma fcl que é uma função sujeito SUBJ (SUBJ:fcl), ou ainda, fazendo uso das etiquetas procuráveis. As secções seguintes detalham as orações subordinadas adjetivas e substantivas.
Uma oração, finita ou não-finita, pode ter a função de modificador de nome. Nesses casos, segundo a terminologia tradicional, temos orações subordinadas adjetivas (ou orações relativas, uma vez que são frequentemente introduzidas por um pronome relativo). Tais orações podem depender de qualquer termo da oração cujo núcleo seja de natureza nominal - um substantivo ou um pronome. Na Floresta, a indicação de uma oração adjectiva se dá pela combinação entre a forma oracional fcl ou icl e a função de modificador do nome (que pode ser N<, N> , e, algumas vezes, N<PRED - secção 6.1.1), isto é, N<:fcl, por exemplo. Além disso, os verbos de orações adjectivas - ou orações relativas -, estão anotados com a etiqueta secundária <fs-rel>ou <icl-rel> para verbos de orações relativas finitas ou não-finitas, respectivamente. Com isso, podem ser procurados na interface de busca em árvores sintáticas Milhafre: basta digitar fs-rel ou icl-rel no campo procuráveis.
As orações substantivas são aquelas que desempenham funções tipicamente exercidas por um grupo nominal, como sujeito, objecto directo, predicativo, entre outras funções sintácticas. Nesses casos, utilizando uma terminologia tradicional, temos uma oração subordinada substantiva. No Bosque, os verbos de orações substantivas estão anotados com a etiqueta secundária <fs-subst>, <icl-subst>, que correspondem aos verbos de orações substantivas em forma finita ou infinita. Com isso, podem ser procurados na interface de busca em árvores sintáticas Milhafre: basta digitar fs-subst ou icl-subst no campo procuráveis. No entanto, orações substantivas iniciadas por preposição (como as orações completivas nominais, objectivas directas e algumas orações adverbiais) exibem um comportamento diferente. Nestes casos, a indicação de que existe uma oração subordinada à principal não se dá no próprio nível em que a função oracional está (isto é, não existe PIV:fcl); de acordo com a sintaxe da Floresta, tais orações se relacionam com a preposição, e são dependentes dela (o que existe é P<:fcl). Mas ainda assim os verbos de tais estruturas são marcados com o procurável fs-subst ou icl-subst. A secção 4.2.4.1 detalha este tipo de construção.
| Página anterior Próxima página |